terça-feira, 10 de julho de 2012

Curiosidades Pitaqueiras


O gol 10.000 de uma Copa Libertadores é de um brasileiro

 



E o autor da façanha foi o lateral Cicinho, ex-São Paulo. Na época em que defendia o time do Morumbi, em 2005, o jogador marcou este gol histórico sobre o rival Palmeiras, na partida vencida pelo Tricolor por 1 a 0. Detalhe: esta partida também marca o centésimo jogo do ala pelo clube.


                                                     Fonte: http://www.deixeotempopassar.com/

sábado, 7 de julho de 2012

Final Feliz



Poderia eu aqui destrinchar a vitória solida do Corinthians diante da equipe do Boca Juniors, poderia eu comentar aqui a exibição de gala do atacante Emerson, poderia ainda falar sobre o goleiro Cassio, que ao entrar na equipe deu mais segurança a zaga corintiana, mas prefiro comentar o que fez o Corinthians ser pela primeira vez Campeão da Libertadores.
O Corinthians foi campeão por que se planejou para ser campeão, saiu de uma eliminação da mesma libertadores no ano passado, manteve seu técnico o então contestado Tite, rocou estrelato por conjunto. Ergueu-se, foi campeão brasileiro em uma competição que teve o equilíbrio como não havia se visto em edições anteriores.
Foi eliminado do Campeonato Paulista, em um jogo que até então seu titular no gol Júlio Cesar falhou como amador. E ai começa os diferenciais do campeão. Tite trocou Júlio Cesar por Cassio, que em seu primeiro jogo logo na Libertadores tornou-se dono da camisa numero 1, o Corinthians foi solido, foi aguerrido e principalmente trabalhou em grupo, que no meu ponto de vista é o maior diferencial dos clubes campeões. Normalmente os times que se sagram campeões jogam em equipe, tem grupo forte, raras exceções que tiveram êxito apenas com uma estrela solitária.
Enfim o Corinthians foi campeão merecidamente, foi campeão porque planejou para ser campeão.

Para não perder a piada:

Diz a lenda que o Corintiano é igual ao ultimo alpinista que chegou ao topo do monte Everest, quando ele conseguiu chegar ao cume, os outros alpinistas que lá já estavam disseram: - Cansei vamos descer!?

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Davi x Golias





Bem a quarta feira chegou, e pode entrar pra historia como primeiro titulo da Libertadores da América conquistada pelo Corinthians, ou como o pior pesadelo de todos os tempos para o mesmo Corinthians.
O Brasil hoje se divide em dois polos, um deles corintiano, o outro anti-corinthiano, se o primeiro polo se der bem, será um ano inteiro de noticiários branco e preto, e com o restante aguentando a badalação corintiana em busca do Mundo.
Esse pode ser o titulo mais importante dos seus 102 anos, com certeza já é o mais desejado, porém do outro lado existe um time chamado Boca Juniors, não é qualquer time. Esse time argentino acostumado a pressão e com doutorado em ganhar Libertadores, são seis conquistas, destas 4 vencidas desde o ano 2000.
Não será fácil, a batalha será épica, de um lado o Davi representado pelo Corinthians buscando o titulo desejado, do outro Golias em pele de Boca Juniors,  buscando aumentar sua hegemonia sul-americana. Só que nessa historia é difícil arriscar o vencedor,  e o Corinthians terá que utilizar mais que uma pequena arma para vencer o Boca devorador de libertadores.
Que comece a disputa.



terça-feira, 3 de julho de 2012

Aos poucos


Pitaqueiros de elite, estamos de volta com o blog. Ta você deve estar pensando, já escutei esse retorno outras vezes, mas dessa vez voltamos pra ficar, acredite, aos poucos iremos retornar com os quadros interativos e que tornaram marca registrada do Pitacos.
Por isso mesmo gostaria de saber:  “Qual o quadro que você mais gosta do Pitacos?
É uma honra estar novamente com todos vocês.
Sejam bem vindos de volta ao Pitacos.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Batalha do Bodaum



A Batalha do Bodaum volta á tona, e traz a disputa na defesa, isso mesmo, iremos escolher os dois melhores zagueiros de todos os tempos do futebol brasileiro, realizei uma busca e listei 16 nomes, os mesmos foram distribuidos em um chaveamento, a cada rodada um jogo entre esses dois atletas, e quem resolve a parada é você, conforme for vencendo o jogador avança até a grande final. Agora é com você, abaixo o chaveamento e a primeira disputa.



Chaveamento:





Primeira partida:


X



Ademir da Guia passou pelos clubes: Bangu, Nacional-Uru, Vasco, Boca Juniors, Flamengo e Corinthians.
Copas do Mundo: 1938


Aldair passou pelos clubes: Flamengo, Benfica, Roma, Genoa, Rio Branco-ES, Murata- SAN.
Copas do Mundo: 1990, 1994, 1998.

Disputa de gigantes, a escolha é sua pitaqueiro de elite, quem foi melhor Ademir ou Aldair?


VOTE!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Impossível é questão de opinião.




A noite que foi dividida entre a mesmice e a conquista do impossível! Impossível?! Costumo dizer que impossível é questão de opinião, hoje tivemos exemplos e mais exemplos disso.


Impossível Nº 1 – Fluminense não se classifica nem a poder de reza era a opinião da grande maioria antes do jogo, e até mesmo até pouco antes do fim do jogo, mas para o time de guerreiros não, e não foi mesmo, com garra e força o Flu fez uma de suas melhores partidas no ano, venceu e convenceu, ajustes precisam ser feitos, principalmente na defesa, porém o impossível se tornou possível.


Impossível Nº 2 – O Flamengo goleia hoje, é impossível não vencer o Horizonte. Pois bem o Horizonte fechou, arrancou um empate no Rio e agora continua com grandes chances de passar para próxima fase, e nesse mesmo tópico relato a primeira mesmice, o Fla ultimamente tem vencido e empatado, esta invicto, porém não evolui, o padrão de jogo é o mesmo, depende de momentos de brilho de seus craques para sair do sufoco, uma hora a sorte não vem. O rubro negro precisa sair do jogo igual, das mesmas jogadas, hoje o Flamengo é previsível, e o Horizonte percebeu isso.


Impossível Nº 3 – Esse impossível se torna até cômico, para evitar dizer trágico. O Botafogo joga fora seu primeiro semestre, time sem organização, sem padrão de jogo, e ai vem a diferença do Botafogo para o Flamengo, o Fla joga mal, mas acha quem decida, o Bota não tem jogador, passa o Avaí que com méritos vai á próxima fase, já a estrela solitária, fica solitário treinando por 39 dias até o próximo jogo, quem sabe com o castigo melhora?!


Exceção: O time do Santos e o mineiro Cruzeiro são boas exceções e que fogem da mesmice, controlam seus jogos, demonstram um futebol redondo e bonito, que não deixa de ser objetivo, com certeza candidatos a tudo que disputar esse ano.

Em tempos de impossibilidades, a mesmice reina, e o acaso derruba o impossível, logico é questão de opinião.

domingo, 17 de abril de 2011

Pitacos de volta!




Após quase dois anos fora do mundo dos blogs, o Pitacos volta á ativa. Nesse período afastado Wilson Hebert até quando foi possível levou o time nas costas, porém o tempo apertou e o Pitacos parou. Hoje com muita satisfação escrevo o post do retorno, o post que traz a vida novamente um blog que na sua historia de 4 anos, sempre fez questão de ressaltar o trabalho dos blogueiros, como mostrou o quadro “Conhecendo a vizinhança”, trouxe disputa com os quadros “Liga Pitacos” e “Bola de Cristal”.


Aqui o debate sempre ocorreu de forma saudável, o “Debate do Bodaum” foi uma das ferramentas utilizadas para tal conquista. O pitacos faz parte da historia dos blogs, e deve ser por isso que através do quadro “Historia de quem fez Historia” conseguiu mostrar um pouco do passado glorioso do futebol e esporte mundial.


Chega de “Blábláblá”, a partir de hoje estamos de volta, e tentarei trazer a irreverencia de sempre, o humor, a noticia, mas principalmente trazer de volta ao blog o reconhecimento dos blogueiros, ou melhor, pitaqueiros de elite que sempre foi e sempre será a essência desse espaço dinâmico.


Seja Bem vindo de volta ao Pitacos do Bodaum

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Futebol Recordação: Copa União de 1987, polêmica, polêmica, polêmica...


Esse post falará sobre uma das maiores polêmicas do futebol brasileiro que foi a Copa União de 1987. Os fatos ilustrados e descritos nesse texto são resultado de uma pesquisa começada duas semanas antes da elaboração dessa edição do Futebol Recordação.

O que você verá escrito aqui é de inteira responsabilidade do autor, Wilson Hebert. E podem ter certeza, a busca pela isenção do fato foi máxima. Nada está sendo apresentado pelo olhar daquilo que seja conveniente ou agradável, mas sim pelo simples fato de ter acontecido.

E toda essa pesquisa, análise e conclusão do que aconteceu no ano de nascimento deste blogueiro, fomentaram a opinião final desse post.

Flamengo x Sport. A Guerra Fria


Inicialmente vamos começar com as escalações dos dois times.

O Flamengo terminou sua participação com o seguinte time: Zé Carlos; Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo; Andrade, Aílton e Zico (Flávio); Renato, Bebeto e Zinho. Técnico: Carlinhos.

Já o Sport Clube terminou com: Flávio; Betão, Estevam, Marco Antônio e Zé Carlos; Macaé, Rogério, Ribamar e Zico (óbvio, outro Zico); Robertinho, Nando e Neco.

Pelas escalações não restam dúvidas da superioridade carioca no papel. Mas claro que dentro de campo e equipe pernambucana poderia surpreender e conquistar um triunfo frente ao time da Gávea. Mas como não houve esse embate, essa é uma das dúvidas de 87 que permanecerá como dúvida pela eternidade.

Na verdade, a única briga entre os dois clubes foi no tapetão e na Justiça. Em todas as esferas, os pernambucanos saíram vencedores. Mas a história vai muito além desse “simples” fato.

Motivo de toda a confusão

Em 1986, como publicado no post anterior aqui no Pitacos do Bodaum a CBF (órgão máximo do futebol brasileiro) fez o que podemos chamar do campeonato mais bagunçado da história do futebol desse país. De certa forma, esse fato manchou bastante a imagem da organização e colocou em dúvida como seriam os torneios a partir daquele momento.

Sem pestanejar, as empresas que sempre patrocinaram o Campeonato Brasileiro resolveram “tirar o time de campo”. A TV Globo, a Varig e a Coca Cola decidiram não investir no Brasileirão que seria organizado pela CBF para aquele ano. Isso deixou a Confederação enfraquecida. Seria um ano sem dinheiro no caixa. Sendo assim, a CBF chegou a declarar que em 87 não haveria Campeonato Brasileiro.

Mas em contrapartida os grandes times do Brasil não poderiam ficar um ano inteiro inativos. Somando esse fator com o total descrédito e até mesmo com uma vontade cada vez maior de criar uma independência (a cada ano os clubes de maior torcida no país acumulavam motivos para estarem sempre em pé de guerra com a CBF, fosse por critérios de classificação, arrumação de tabela, regulamento, etc) nasceu o Clube dos 13, com os 13 times de maior torcida no Brasil (Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Santos, São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio, Inter-RS e Bahia). O objetivo era único e exclusivo: os clubes criarem um campeonato nacional organizado pelos próprios participantes. E isso chegou a acontecer. Nascia a Copa União, que serviria para unir os grandes em uma força organizacional.

Num primeiro momento, a CBF concordou com o novo torneio independente num acordo diplomático entre as entidades, já que apenas com a aprovação da CBF, a FIFA (órgão máximo do futebol mundial) reconheceria o campeão desta competição.

Para esse torneio foram convidados mais três times: Goiás, Coritiba e Santa Cruz. Acontece que um dos motivos que os clubes grandes tinham pra reclamar da CBF era a falta de critério classificatório, que segundo os dirigentes desses clubes, era um erro absurdo.

Mas por ironia do destino, o próprio Clube dos 13 cometeu tal absurdo. Guarani (vice-campeão de 1986) e América-RJ (terceiro colocado) ficaram de fora desse que seria o campeonato da elite do futebol brasileiro.

A CBF reage e entra novamente em cena, mesmo sem patrocínio


A Confederação Brasileiro de Futebol estava ignorada. Nem a TV Globo, principal parceira do futebol brasileiro, nem os grandes clubes que tinham a força de serem os principais filiados e nem mesmo os torcedores, que nunca morreram de amores pela Confederação, estavam preocupados com o que a CBF iria fazer ou deixar de fazer.

Com a Copa União em andamento contando com a participação de apenas 16 clubes, outros clubes que estavam de fora batiam o pé e protestavam muito, principalmente Guarani e América-RJ que tinha total direito de estarem nessa disputa. De fora, eles juntaram força com a CBF e organizaram um torneio a parte, com três módulos e contando com vários times brasileiros que por terem menos força e estarem inativos, corriam o risco até de falência.

Mas com a preocupação de perder força política a CBF foi pra briga contra o Clube dos 13. Se antes a Confederação tinha aprovado o “torneio da elite” para que fosse concedido o reconhecimento da FIFA, ela retirou a legitimidade do torneio, fazendo com que a FIFA também deixasse de oficializar a competição. E isso, com os jogos acontecendo a todo vapor.

O Clube dos 13, na figura do seu presidente Carlos Miguel Aidar (que também presidia o São Paulo) se pronunciou de forma bastante exaltada acreditando que pudesse estar acontecendo um golpe político contra os grandes clubes brasileiros. Mas em reunião interna do Clube dos 13 ficou decidido que o melhor seria sentar para conversar com a CBF, já que na base da briga e da discórdia nada seria resolvido. Então, elegeram um representante para se reunir com membros da CBF e reconquistar o até então reconhecimento da Copa União como campeonato legítimo. O representante eleito pelos membros foi Eurico Miranda, diretor executivo do Vasco do Gama.

Quando tudo parecia resolvido, a confusão estava apenas no início

Em reunião, Eurico Miranda e a Confederação Brasileira de Futebol decidiram que uma grande mudança aconteceria no regulamento da Copa União. Um quadrangular envolveria os dois líderes do torneio do Clube dos 13 e mais os dois líderes do campeonato da CBF.

No retorno de Eurico ao Clube dos 13 para contar a “novidade”, nova rejeição. Os clubes não aceitaram de forma alguma mudar o regulamento por eles idealizado com o torneio em andamento. O dirigente vascaíno prometeu aos membros do C13 que não haveria problema nenhum, pois ele mesmo resolveria o problema com a CBF. Mas até hoje isso não aconteceu.

Flamengo e Internacional chegaram a final com uma decisão unânime dos Clubes do 13, como acordado no início da competição: o vencedor desse confronto seria o campeão brasileiro. Mas a CBF, na intenção de recuperar seu poderia político se manteve firma na sua segunda decisão que foi a de não legitimar aquele vencedor, a menos que Fla e Inter disputassem o quadrangular com Guarani e Sport, que foram os dois finalistas do torneio da CBF.

Flamengo e Internacional disputaram dois jogos, com o do Beira-Rio ficando empatado em 1x1 e o do Maracanã sendo vencido pelo rubro-negro por 1x0.

Sport e Guarani entraram em campo duas vezes de forma simbólica, já sabendo que não teriam adversários. Os dois ganharam duas vitórias cada. Um W.O contra o Inter e um contra o Flamengo. Após essas “vitórias” fizeram aquilo que pra CBF e pra FIFA foi a final do Brasileirão de 87. No segundo jogo, que aconteceu na Ilha do Retiro, Sport e Guarani terminaram tempo normal e prorrogação empatados e foram para os pênaltis.

Com a disputa dos penais empatada em 11x11, um consenso entre os dois clubes decidiu uma divisão do título entre as duas equipes. Mais tarde ficou decidido que o Sport seria o campeão por ter sido o time de melhor campanha no Módulo Amarelo do Brasileirão.

Mas ainda tendo muita briga, a disputa foi parar na Justiça Comum. De um lado CBF e Sport Clube do Recife, do outro Flamengo e Clube dos 13 travando uma batalha tensa para ver quem seria o campeão segunda decisão do Tribunal. Em todas as estâncias o clube pernambucano saiu vencedor.


A parte derrotada no julgamento (incluindo os grandes clubes brasileiros e as empresas que patrocinaram o torneio do C13 como TV Globo e demais veículos da imprensa) até o ano de 2008 nunca tinha reconhecido um campeonato nacional organizado pela CBF no ano de 1987. Mas acontece que com o pentacampeonato do São Paulo e a famosa disputa da taça das bolinhas, o tricolor paulista mudou de idéia e passou a considerar o Sport como campeão legitimo de 87. Kleber Leite (vice-presidente de futebol do Flamengo) e Márcio Braga (presidente do Flamengo) no ano passado, passaram a acusar o SPFC de trairagem.

Opinião do autor do post

Sabendo de todos os acontecimentos, estudando cada capítulo dessa saga eterna, podemos chegar a conclusão que a briga foi muito mais política do que futebolística. No final das contas, os menos culpados nisso tudo são Sport e Flamengo. Um sofreu por não ter força nos bastidores, e o outro sofreu pelo fato de Eurico Miranda se comprometer a resolver o que não resolveu.

Tendo tudo isso em mente o que definimos é o seguinte:

Campeão político de 87: Sport

Campeão na prática de 87: Flamengo

Campeão teórico de 87: Flamengo e Sport.

Para os torcedores, não há verdade absoluta e as duas torcidas tem direito de defender seu clube. Os pernambucanos viram seu time ser campeão, assim como os flamenguistas.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Futebol Recordação: São Paulo campeão brasileiro de 1986


Como já estava nos planos do blog Pitacos do Bodaum, conhecemos o campeão de 2009 antes mesmo de terminarmos essa série que fala sobre todas as edições do Campeonato Brasileiro. E este foi o Flamengo.

Aproveitando o ocorrido, sem discutirmos méritos ou qualquer outro assunto do Brasileirão deste ano, aproveito para convidar os amigos a passarem neste espaço para a última postagem desse ano, que será justamente sobre a polêmica envolvendo Flamengo e Sport e a Copa União de 1987.

Mas, essa semana o Futebol Recordação falará sobre o campeonato de 1986 e o título do São Paulo.

São Paulo, campeão brasileiro de 1986


Ao iniciar a década de 80, o São Paulo começa a preparar desde as categorias de base os chamados Menudos do Morumbi, em alusão a banda porto-riquenha Menudo, que contava com o técnico Cilinho no comando.

E esse tratamento se deveu pelo fato do time ser formado em sua essência por muitos jogadores vindos da base. Entre eles, o atacante Muller.

Esse time vinha numa crescente, conquistando o bicampeonato paulista em 1980 e 1981, e também em 84 e 85.

Após passar por uma fase desagradável na carreira, com lesões e até mesmo problemas de saúde, Careca vinha recuperando seu prestígio tendo sido vice-artilheiro da Seleção Brasileira no Mundial de 86. Na volta para o tricolor, onde ia disputar o Brasileirão daquele ano, chegava com moral.

E uma mudança considerável para a disputa foi no comando técnico. Depois de anos no São Paulo chegando a ser o comandante dos Menudos do Morumbi, Cilinho deixava o cargo de treinador. Para seu lugar chegava José Macia, o Pepe.

Fatos Curiosos

Em 87, quem foi o campeão? Flamengo ou Sport? Leia bem os fatos curiosos da edição de 1986, para na semana que vem, entender tudo o que ocorreu na Copa União de 1987.

Para muitos, o ano de 1986 teve o Brasileirão mais bagunçado da história. Tudo começou com a CBF unindo a Taça de Ouro, de Prata e de Bronze numa única competição. O resultado de tudo isso? Tivemos 80 clubes na disputa.

Inicialmente, de acordo com o regulamento previsto, da primeira fase para a segunda, se classificariam 28 clubes dos grupos A-D (seis primeiros líderes de cada grupo, além dos quatro melhores no somatório das classificações do grupo) e quatro dos grupos E-H (líder de cada grupo), que formariam um total de 32 equipes. Mas infelizmente, não foi assim que aconteceu a transição da primeira para a segunda fase do Campeonato Brasileiro de 1986.

O Vasco, que acabada a primeira fase já seria eliminado da competição de acordo com a classificação, entrou na Justiça Comum. O objetivo do clube carioca era a eliminação do Joinville que no dia 29 de setembro, empatou em 1x1 com o Sergipe, porém, contando com a atuação de um jogador reprovado no exame anti-doping. Com a anulação dos pontos (na época, um empate valia dois pontos), o Joinville automaticamente perderia a sua vaga para o Vasco da Gama.

Em resposta, o clube catarinense também entrou na Justiça Comum alegando que tal eliminação sob juízo não constava no regulamento assinado por todos os clubes no início do torneio.

Diante da confusão armada, chegando a processos na Justiça, a CBF tomou uma decisão que seria definitiva. Joinville e Vasco da Gama se classificariam, enquanto quem perderia a sua vaga seria a Portuguesa de Desportos sendo penalizada por também ter entrado na Justiça Comum por conta de uma questão envolvendo venda de ingressos. Segundo a Confederação Brasileira de Futebol, tal situação deveria ser resolvida na Justiça Desportiva.

Acontece que a definição de eliminar o clube paulista gerou uma revolta total em São Paulo. Imprensa, clubes e Federação Paulista se uniram em torno da Lusa. Sob protesto, houve a ameaça de todos os times da cidade que participavam da competição abandonarem o Campeonato Brasileiro de 1986, inclusive São Paulo e Guarani, que acabariam fazendo a final.

Toda essa confusão fez a CBF tomar nova decisão: Vasco, Joinville e Portuguesa estavam classificados para a segunda fase.

Quando tudo parecia voltar à normalidade e que o torneio (paralisado por conta de toda essa confusão) voltaria a acontecer, eis que surge outro problema. Membros da CBF resolveram entrar em confronto interno. O número – ímpar – de 33 classificados para a segunda fase tornou praticamente impossível a montagem da tabela seguindo ainda o regulamento original.

Mais uma vez, foi tomada uma nova decisão. Ficou decretado que seriam abertas mais três vagas de times vindos dos grupos A-D. Esses, de acordo com a classificação, foram Santa Cruz, Náutico e Sobradinho. Com 36 clubes, a tabela foi feita e o campeonato pode seguir.

A leitura desses “Fatos Curiosos” do Brasileirão de 1986 contribui para o entendimento do que aconteceu na Copa União de 1987 envolvendo toda a polêmica de quem foi o verdadeiro campeão, entre Sport e Flamengo.


Regulamento

Grupos A-D: Eram 44 equipes divididas em quatro grupos de 11 times cada. Jogando em turno único dentro de cada chave, classificavam-se os seis líderes de cada grupo, além dos oito mais bem colocados do somatório geral das chaves.

Grupos E-H: Enquanto os quatro primeiros grupos contavam com uma espécie de primeira classe do futebol brasileiro, os grupos E e H ficavam com o ‘restante’. Eram 36 times divididos em quatro grupos de nove, cada. Jogando todos contra si dentro de cada chave em turno e returno, classificavam-se para a fase seguinte o líder de cada grupo.

Inicialmente, de acordo com o regulamento, a segunda fase contaria com 32 equipes, porém, dada a confusão total com Justiça Comum envolvendo Vasco, Joinville e Portuguesa, ficou decidido que seriam 36 times. Foram quatro grupos com nove times, cada. Jogando todos contra si dentro de cada chave em turno e returno, classificavam-se para o mata-mata o líder de cada grupo.

As oitavas, as quartas, as semis e as finais aconteceram em jogos de ida e volta. O time que fizesse o maior saldo de gols na soma dos confrontos, passava adiante.

A grande final


O São Paulo pegou um time muito forte na final. O Guarani (que buscava o segundo título nacional) era formado por jovens jogadores, dentre eles o atacante Evair (22 anos) mas que desde cedo já demonstravam qualidade e disposição.

O Bugre tinha a melhor campanha da competição com 21 vitórias em 34 partidas, tendo perdido em apenas duas ocasiões. Mas o Tricolor tinha um astro que também já tinha feito história pelo adversário dessa final, que era o atacante Careca que naquela altura da carreira, era o principal centroavante de Seleção Brasileira.

Mais de 80 mil pessoas compareceram ao Morumbi para assistirem a primeira final de um campeonato que poderia até não ter terminado.

O primeiro tempo foi bem disputado, com o São Paulo se fechando bem na defesa e saindo com passes rápidos. Enquanto o Guarani jogava nos erros do oponente. Mas mesmo assim, todos foram para o vestiário com o 0x0 no placar.

No segundo tempo logo aos 15 minutos, Evair abriu o placar para o time do interior. Mas não deixando a comemoração durar muito tempo, o São Paulo empatou quatro minutos depois com ele, Careca, que marcava contra o clube que o revelou para o mundo do futebol.

Com igualdade no placar, os dois times entraram em campo mais uma vez no Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas. E o público presente viu emoções na segunda partida decisiva logo de cara. Aos dois minutos, o Guarani abriu o placar com Nelsinho marcando gol contra seu próprio time.

Novamente precisando correr atrás para alcançar o empate, o São Paulo também não tardou. Curiosamente, o gol tricolor também foi contra, marcado pelo zagueiro bugrino Ricardo Rocha.

O segundo tempo teve uma visível superioridade dos campineiros. Inclusive, o árbitro José de Assis Aragão não deu um pênalti pro Guarani que até hoje ainda gera reclamação por parte dos torcedores do Bugre.

Com mais um empate, a final foi para a prorrogação. Adivinhem qual foi o resultado? Sim, mesmo na prorrogação, cada time fez um gol, gerando o que podemos chamar de um terceiro empate por 1x1. Não teve outro jeito. Tudo teve mesmo que ser resolvido nos pênaltis.

Para o Guarani, Boiadeiro e Tosin erraram as cobranças. Para o São Paulo, o único que desperdiçou a chance foi justamente o atacante Careca. Mas mesmo assim, com 4x3 nos penais, o tricolor pode comemorar mais um título de campeão brasileiro. Festa principalmente na capital do Estado paulista!

Dados do jogo final

Guarani 3x3 São Paulo (3x4 pênaltis)
Local: Brinco de Ouro da Princesa (Campinas)
Juiz: José de Assis Aragão (SP)
Renda: CZ$ 44.222,00
Público: 37.370 espectadores

São Paulo


Em pé: Fonseca, Gilmar, Basílio, Dario Pereyra e Bernardo.
Agachados: Muller, Silas, Careca, Piter e Sidney.

Guarani: Sérgio Néri; Marco Antônio, Valdir Carioca, Ricardo Rocha e Zé Mario; Tosin, Tite (Vagner) e Marco Antônio Baiadeiro; Catatau (Chiquinho Carioca), Evair e João Paulo
Técnico: Gainete

Campanha do campeão

Em 34 jogos o São Paulo saiu vitorioso em 17, empatou em 13 e saiu derrotado em quatro. Balançou as redes 62 duas vezes e sofreu gol por 22 vezes.

Jogadores que fizeram parte da campanha

Goleiro: Gilberto, Gilmar e Zé Carlos
Laterais: Daniel, Éder Taino, Nelsinho e Zé Teodoro
Zagueiros: Adilson, Dario Pereyra, Fonseca, Oscar, Ronald e Wagner Basílio
Meio Campistas: Bernardo, Márcio Araújo, Pianelli, Pita, Quinho, Rubinho, Silas e Vizzoli
Atacantes: Careca, Claudemir, Muller, Rômulo, Sidney e Tangerina
Técnico: Pepe

Abaixo foto das placas de fundação do São Paulo Futebol Clube:

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Futebol Recordação: Coritiba campeão brasileiro de 1985


Depois de duas semanas sem atualização, o Futebol Recordação volta com tudo para falar do Campeonato Brasileiro de 1985 e o título do Coritiba.

Com certeza a torcida coxa branca não deve estar passando por um bom momento vendo seu time, que antes não estava tão ameaçando, perigando de verdade a voltar pra Série B na última rodada do Brasileirão 09. Espero que esse post sirva como um momento mais ameno nessa situação desagradável vivida pelos alviverdes de Curitiba.

Coritiba, campeão brasileiro de 1985


O ano de 1985 reservou a despedida de um dos maiores ídolos do Cori, o atacante Índio, que deixaria a torcida após ajudar a levar o clube ao título mais importante da sua história.

O setor ofensivo praticamente não sofreu alteração na transição da temporada 84 para a temporada 85. Foram mantidos os jogadores Marco Aurélio, Toby, Lela, Índio e Édson. Já na defesa, aconteceram as aquisições dos jogadores Rafael, Gomes, Heraldo, Dida, Almir e Marildo, que chegaram para fazer companhia na defesa para André e Vavá.

Outros jogadores que chegaram para fazer parte do elenco campeão do ano foram os volantes Almir e Marildo, o goleiro Rafael e o meia-esquerda Paulinho.

No Campeonato Paranaense daquele ano, o Coxa ficou apenas em segundo, mas garantiu participação no torneio nacional através do ranking da CBF (ver na parte Fatos Curiosos).

Para a imprensa do país, ninguém reconhecia o time alviverde do Paraná como candidato ao título. Apontavam apenas para os grandes e já campeões de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Fatos Curiosos

A CBF começava a caminhar na direção de juntar o que era elite e o que era segundo escalão do futebol brasileiro. Taça de Ouro e Taça de Prata foram praticamente misturadas em uma competição apenas.

Os critérios de classificação para a disputa do Campeonato Brasileiro foram profundamente alterados. Os 20 primeiros do Ranking da CBF (anteriormente chamado de Ranking de pontos) classificaram-se para compor os grupos A e B. Já o campeão e o vice campeão da Taça de Prata de 84 e mais os 22 melhores classificados dos torneios estaduais, fariam parte dos grupos C e D.

Pela segunda vez o Brasil via a dramaticidade de uma decisão de campeonato por cobranças de pênaltis.

O Coritiba terminou a competição com apenas 41,37% de aproveitamento. Pior campanha de um campeão até então.

Ênio Andrade se transformava no primeiro técnico a vencer a principal competição do país em três clubes diferentes. Antes foi com Internacional em 1979 e com o Grêmio em 1981. E ele teve importante responsabilidade no triunfo, pois chegou no meio da competição e melhorou o rendimento do Coxa consideravelmente.

Regulamento

Primeira fase: Os times dos grupos A e B. Cada clube enfrentou todos os demais do outro grupo, em turno e returno. Cada chave teria quatro classificados: líder do turno, líder do returno e os outros dois melhores na soma dos dois turnos.

Primeira fase ²: A fórmula de disputa entre os grupos C e D foi a mesma dos outros dois grupos, porém, com cada chave tendo 12 times, ao invés de 10.

Na segunda fase sobraram 16 clubes que foram divididos em quatro grupos com quatro times cada. Cada um jogou contra os três rivais do próprio grupo em turno e returno. Os quatro líderes de cada chave passavam adiante.

A semifinal foi disputada em ida-e-volta com a classificação sendo garantida àquele que saísse vencedor na soma dos resultados.

A grande final


No momento das semifinais tínhamos de um lado a disputa entre Bangu e Brasil de Pelotas. Do outro, a disputa entre Coritiba e Atlético-MG, que pra muitos seria mais justo se fosse a final.

Nesse momento a imprensa nacional já escolhia o time a ser dado como o campeão certo. Este seria o Clube Atlético-MG. Os atleticanos diziam: “até que enfim voltaremos a ser campeões brasileiros”. Nem da semi passaram, sendo surpreendidos pelo bom time do Coritiba.

Para dar tranqüilidade aos seus jogadores, o técnico Ênio Andrade levou seus comandados para a Toca da Raposa, em Minas Gerais, tirando o elenco do calor da torcida coxa-branca que estava bem eufórica na capital paranaense.

Lá na concentração, Ênio passava uma fita de um dos jogos do Bangu no quadrangular final. No meio da apresentação, ele desligou o televisor muito enfurecido e disse aos seus comandados: “esse time do Bangu é horrível! Eu não aceito que nós, que vencemos todos os favoritos desse campeonato, saiamos derrotados dessa final!”

No Maracanã, um acontecimento histórico. As quatro grandes e rivais torcidas do Rio de Janeiro se uniram lotando o até então maior estádio do mundo para prestigiar o time da Zona Oeste carioca (muito veículo de comunicação pelo Brasil acha que o Bangu é do subúrbio)...

Já com a bola rolando, os jogadores do time paranaense se sentiram bastante revoltados e desrespeitados com um caminhão de bombeiro que ficava na parte externa do gramado com uma faixa comemorativa do possível título do alvirubro carioca Talvez isso tenha dado mais força para os visitantes abrirem o placar, com Índio, aos 25 minutos.

Mais tarde, foi a vez do Bangu balançar as redes com Marinho, porém, o árbitro Romualdo Arppi Filho invalidou o gol.

Mas aos 35 não teve jeito. Lulinha tornou a marcar para os donos da casa. A grande final estava empatada e assim permaneceria até o apito final do tempo regulamentar.

Durante as cobranças dos penais, nenhum jogador errou as cinco primeiras destinadas a cada equipe. No início das alternadas, porém, o ponta Aldo, do Bangu, ao ver Rafael caindo para o lado que ele chutaria, resolveu inclinar o corpo para chutar no lado contrário. A bola saiu sem força e sem direção e acabou indo pra fora.

Na entrevista coletiva após o jogo, Aldo foi explicar o pênalti perdido e originou uma das frases mais marcantes do futebol brasileiro: “Ah, eu chutei a bola. Ela foi, foi, foi e iu”.

Na sequência, Gomes do Coritiba chutou, marcou, calou o Maraca e deu início a uma festa gigantesca no Estado do Paraná. A capital Curitiba ficou pintada de verde e branco com buzinaço, gritaria e muita comemoração nas ruas.

Dados do jogo final

Bangu 1x1 Coritiba (5x6 pênaltis)
Local: Maracanã (RJ)
Juiz: Romualdo Arpi Filho (SP)
Renda: CR$ 848.064.000,00
Público: 91.527 espectadores

Coritiba


Em pé: Gomes, Heraldo, Almir, Rafael, André e Dida.
Agachados: Lela, Marildo, Índio, Toni e Edson.

Bangu: Gilmar; Márcio, Jair, Oliveira e Baby; Israel, Lulinha (Gilson) e Mário; Marinho, João Cláudio (Pingo) e Ado
Técnico: Moisés

Campanha do campeão

O Coxa venceu 15 jogos, empatou 9 e perdeu apenas dois. Fuzilou as redes adversárias em 37 oportunidades enquanto foi fuzilado por 13 vezes.

Jogadores que fizeram parte da campanha

Goleiro: Gérson, Jairo e Rafael
Laterais: André, Dida e Hélcio
Zagueiros: Caxias, Gardel, Gomes, Heraldo e Vavá
Meio Campistas: Almir, Aragonés, Eliseu, Luizinho, Marco Aurélio, Marildo e Tobi
Atacantes: Édson, Gil, Índio, Lela, Paulinho, Vicente e Zé Carlos
Técnico: Ênio Andrade

Abaixo, montagem feita pelo meu amigo Pedro Franco do blog Coxamor: